Amor da estação
A casa simples, na beira da linha
Vivia na lida, mais na cozinha
Só aquele horário era sagrado
Quando via de novo seu amado
Preparava o café com bolo
Se arrumava, ajeitava os cabelos
Abria a janela de novo
Quando o apito era o apelo
Debruçada na janela vermelha
Mudava a feição, sorridente
Apreciava a luz do sol poente
Vendo os raios em centelhas
Lá vinha o trem, conduzido pelo maquinista
Lembrança dos tempos de conquista
Quando ao parar na estação
Ele a olhou e ganhou seu coração!