NOITE QUENTE

Meu coração sangra, chora por dentro,
Em grande tristeza, a querer teu alento,
Contorço-me na cama, tendo a pele suada,
Transformando meu sono em um só pensamento.
A vontade de tê-lo, não me larga...
Um calor insistente, a deixar-me aturdida,
Traz-me lembranças de um doce momento.
De um lado pro outro, pelo quarto a vagar,
Fingindo a mim mesmo, que você vai voltar,
Murmurando sozinha: “Como é bom te amar!”
Parece o destino, fazendo-me ver...
Então peço que venha de onde for,
Tenha complacência desse meu amor,
Venha aplacar de meu corpo esse ardor,
Estou sufocada...
Devolva novamente a minha lucidez,
E venha amar-me só mais uma vez.

Adriana Leal 



Revisado por Marcia Mattoso