Retorno
Ainda resta uma esperança de ser só,
A coragem de infringir todas as leis,
Ir contra todos,
Enfrentar tudo
Sem temer a morte,
Última escala do desespero.
Ainda resta uma esperança,
Sem medo do amanhã,
Mesmo que em andrajo
Ter orgulho e resgatar a vida,
Na mágica das mãos,
Do próprio sangue.
Pare e pense...
Hoje, agora,
O espaço liberado foi pequeno,
As mãos estendidas chicotearam,
Pedras foram muitas
Que tocaram meu rosto.
Ainda existe a esperança
Da coragem...
Da execução sumária,
Neste mundo maldito,
Neste meu temperamento brusco
Erguido a beira de um abismo,
Onde a única esperança,
É descer, descer
Pelo pó que a terra me deu.