Átimo
Ivan Melo / Marvell Resende
Sinto ardente frenesi me acariciando o peito
Feito a vontade que tenho de amar-te e...
Percebo meu íntimo invocando teu nome,
Invocando o mais profundo teu ser
Que habita em mim deveras...
Quisera ter agora, aqui e sempre, tal átimo
Para que pudesse neste devaneio insistir
Qual errante em busca da palavra branca
E, assim, minha alma de sonhos colorir.
Sonhos, devaneios, pensamentos vãos...
Que se perdem nas entranhas do meu eu...
Serão estradas palmilhadas em vão?
Ou serão sintomas mascarados de alegorias?
Tudo virá concorrendo para ti
E a nuvem de melancolia extinguir-se-á em mim
Como o frenesi que me acaricia o peito
E meu ego transfigurar-se-á num átimo perfeito!