MEU NOME É AMOR

Autora – Regilene Rodrigues Neves

Ah! Se eu pudesse voar dentro do amor

Esvoaçar esse coração peregrino

Cheio de sonhos desnudos de alguém

A quem podê-lo confessar

Numa sensibilidade cúmplice

De uma poesia vivida num verso real

De um homem capaz de despir m’alma

E tocar febril minha pele

Transpirar a mesma sensibilidade

Capaz de sentir o orgasmo através de um olhar

Tão ligados estarem numa mesma sintonia

De corpos e almas!

Que o verso seja perfeito

Quando explodir no peito

E a respiração suspire a mesma emoção

Grita velho coração o teu sentir!

Que seja poesia

Mas que seja amor

Pois preciso respirar o mesmo ar

Que te rodeia para te doar

O que estou aqui a sentir

Nessa carência de amar

Como nesta minha poesia!

Que me toque o amor

Dispa minha alma

Para que eu aflore

Uma mulher desnuda

Nua em pele e poros

Pois que o carinho

Inflame e acenda a chama adormecida

Quero te possuir numa entrega plena

Onde sejamos almas gêmeas

E não mais precisemos destes versos abstratos

De poetas sonhadores do amor...

Pois seremos a poesia desencarnada da alma

Viveremos além da eternidade

Sem necessidade dessa fragilidade

Do sepulcro em vida

Para enterrarmos tanto amor!

Ah! Se eu pudesse...

Oh! Meu amor

Tu terias o que jamais

Se quer um poeta sonhou

Porque sou eu o próprio amor

Que o poeta nunca encontrou...

Em 14 de julho de 2006