Se o amor chamar... vai!

Entro no metrô

Sento-me no segundo banco

...

As estações de trem se passam

Estou próximo da minha

Pego meu livro e começo a analisar

Cansado

Olho de lado

Uma linda moça aproxima-se da porta

Meio ruiva e andar calmo

Ela me olha

Nesse instante percebo seus pequenos olhos castanhos

Continuo fitando-a

Percebo-a séria

Olho profundamente para ela

Ela sorri

Devolvo um sorriso

O trem para

Abaixo minha cabeça

A porta se abre

Fico parado pensando no que fazer

Quando forças me encorajam para falar com ela

Levanto-me e desesperado a procuro

Ela tinha sumido

Olho em volta

E um senhor me aponta para fora do trem

E vejo uma garota com mochila nas costas andando pela multidão

Desesperadamente salto na estação errada

E corro em sua direção

Mais rápido que eu poderia imaginar alcanço-a

Ofegante pelo sacrificante esforço

Toco-lhe o ombro

Ela se vira

Desesperado sem saber o que dizer

Gaguejo

Ela sorri

Um sorriso perfeito

Parado ali

Em meio a dezenas de pessoas

Ouvindo murmurinhos

O som dos trens partindo

Que idiotice eu tinha feito

Estava ali

Sem saber o que fazer

Ela me fala algo

Retruco

Falamos por indeterminado tempo

E a cada minuto parecia milésimos

Falamos como se nos conhecêssemos há anos

E a hora da despedida chega

Ela se despede

Olhando para o chão

Caminha em direção contrária a minha

Lentamente

Ela vai sumindo

Até perder-se no mar de gente

Começo a andar

Será um logo e compensador caminho de volta

Em meio a sorrisos e vibrações

Contente por ter em minhas mãos

A chave para a mais perfeita garota que eu vi...