Timidez

Sou descaso de tantos

Reflexos que as luzes abandonaram,

Sem trilhas certas,

Onde ideais se fecharam

Pelos cômodos escuros que busquei.

Apenas que o busquei.

Sou eflúvio sem pousada

Pairando no ar.

Mas, sou fiel ao infinito,

Aos anseios, ao amor

Que arde em meu peito um tanto rude.

Mas tudo,

Mesmo o desaponto de tantos,

No descaso de muitos

Eles fazem minha vida,

Sou recordado,

Fustigado

Mas, sem tempo para tantos,

Sem motivos a muitos

E muito candor a uma só

Que se fez, sempre em tantos,

Renasce em tudo

Morrendo em minha boca

Na puritana lágrima que desce tímida

Pelo quanto de quantas

Fazem-te tão ausente.