Poema de Amor
O crepúsculo se fez presente,
Logo depois da chuva
Que caiu e deixou pelo caminho
Todas as pétalas daquela tarde
Incandescida por beijos, abraços,
Goles de um poema a ser escrito
Na pele, no doce da fruta mordida,
Ávido em teu seio!
Enfim o segredo revela-se,
Trazendo do âmago a fera
Em todos os seus versos lúdicos, úmidos,
Entrego-me ao paraíso dos castelos
Esvaindo-me em raros avessos
Que me entorpecem ao sabor do mar!
Ao gritar da guitarra,
Sinto-te em gemidos góticos, sussurros idílicos...
Ah! O balé das mãos na face, no peito,
No ventre que acolhe um versejar livre,
Amiúde ao tempo, estreito ao pensamento
Que viaja adentrando por veios e capelas
D’onde semiei paixão
E colhi o mais profundo dos sentimentos!
Auber Fioravante Júnior
18/11/2009
Porto Alegre - RS