Reflexos Azuis
Esta saudade que foge aos conceitos,
De momentos sem inícios,
Nem fantasias.
E o tempo passa sem reflexos, sem razões objetivas.
Ontem foi apenas uma pausa,
Hoje uma verdade.
Ontem um sonho, um pedaço,
Uma vida que andou, fechou o circuito,
Roda viva de um amor.
Mas que razão há de existir,
Para habitar no desconhecido,
No sublime, tão sublime hoje
Esta chama elevada crescente?
É a fraca presa caça que me tornei,
Tentando congestionar as artérias,
As trilhas solitárias desta floresta,
Neste mundo que rogo fugas.
Você existe, ponto final,
Mancha aguda no jornal,
Na tela que fecha meu peito,
Nas cores que brilham e nos tambores que rufam,
Quando me condeno,
Calando, sufocando cada segundo,
Até que, sua ausência se faz presente,
Oferenda fracassada noite após noite
Em cada de repente outra vez.