JANELA DO VIVER

Na minúscula manhã

a sombra dos pinheirais

sento-me para ouvir os recitais

dos belos cantos de outros pássaros

e dos pequenos pardais.

Belas plumagens encantam meu olhar,

e o pensamento perdido, solitário,

nos incêndios do viver...

Quantas melodias descem aos meus ouvidos!

Unindo os fios do pensar

límpidos como o descer dos rios,

que deságuam nos olhos

deste que quer muito amar.