Teu vestido branco II

A música é para piano e soa muito apaixonante,
e então olho a tua foto no teu lindo vestido branco
para vestir em meu  íntimo todas as lembranças,

que esse teu vestido branco...que te fazia linda,
e que me levava a pensar na artista Hepburn...,
porque ela tinha realmente o dom do bom gosto.

Sim...e não pense que não me recordo bem disso,
e sei até que esta foto hoje tem mais de oito anos,
porque foi você mesma quem me disse um dia.

Hoje, você não está aqui...e só tenho uma foto,
a mesma que gosto de ter bem perto de  mim,
porque meu amor não consegue te esquecer,

apesar de você ter se esquecido de que o amor
não se desmancha tão rápido como nuvem no céu,
e nem se pode simplesmente apagar com borracha,

porque o amor é uma maravilha que não se apaga,
pois foi construída nos dias e mais dias de paixão,
essa que entre nós sempre foi como um deleite.

Agora...você se distanciou e tudo ficou diferente,
como se um grande vazio preenchesse anseios
que não se pode mais preencher tão facilmente,

porque no resvalão das emoções tudo estremeceu,
e uma enorme avalanche de sentimentos se urdiu
nos desastres das atitudes feitas da urgente pressa,

que nos levaram como ondas agitadas a renunciar
àquele mesmo recente passado feito de alegrias,
agora marchitado por um desespero de  ações,

que foram confundindo completamente o querer,
e toda aquela proximidade que antes nos reunia,
para entregar um ao outro a riqueza da amizade,

essa que nem mesmo todos os erros a diminuem.
Então venha e olhe bem nos meus olhos, mulher,
encontre neles de novo...aquele mesmo brilho

que um dia fez nascer contente a nossa paixão.
Vem...vem olhar nos meus olhos...sem tristezas
que um crepúsculo está acontecendo de novo
 
porque o amor faz sempre nascer um belo sol
para iluminar nossas vontades de sempre amar
mesmo que entre enraivecidas e fortes angústias

algumas nuvens possam impedir o brilho do sol...
Hum... se você vestisse de novo teu vestido branco
Ah...eu saberia que você teria entendido demais

que a vida só vale mesmo...onde o amor se casa,
para renascer...no alvor de um amor sem fim.


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Autor: Cássio Seagull
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Poesia que fiz em 16-11-09 às 15.30 h em SP
Lua nova – sol e chuvas fortes -  29 graus
Beijos e abraços para você...boa terça.... [love]
cseagull2@hotmail.com
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