O Tão somente Amor
Doze cordas,
O puro metal em metamorfose,
Trazendo-te em negros tecidos
O contraponto do luar em seus olhos
Emergindo prazeres,
Anunciando lamurias!
Sem penas ou papel,
O poema se descreve
Ao som metódico dos delírios,
Da ardente procura labial
Entre a seda e o branco carmim!
Não há muralhas,
Só o tão somente tempo,
Entalhando o corpo despido
Naufragado em desejos bucólicos,
Mesclando em cada abraço
Um devaneio ensandecido,
E hidratando em cada beijo
O amor que resplandece!
Auber Fioravante Júnior
15/11/2009
Porto Alegre - RS