Meu amor, porque silenciar.

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Meu amor, quando clama a sinfonia,
nas quentes tardes primaveris,
é das sabiás, o canto ao final do dia,
é das almas saudosas estes perfis!

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Vem dos vapores das verdes capoeiras,
o cheiro que arrasta o Dezembro,
na memória belas e vivas cachoeiras,
o tempo? Não, o tempo eu não lembro!

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Menino eu sei que na vida era...
Meu amor, quando me olhares nestes dias,
não verás a lágrima pela primavera,
e do que dela resta, simples alegoria!

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É que o canto ritmado da coleira,
sabiá, que testemunhou a minha geração,
vem meu amor, em utopia sobre a esteira,
em saudade mesquinha ao meu coração!

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E assim nestas tardes meu amor,
as vezes eu penso, não queria passar,
em quantos dezembros faltou uma flor,
cantos, sorrisos, natais a silenciar...

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xxeasxx

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 16/11/2009
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T1926686
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