Libélulas bailam docemente...
Libélulas bailam levemente...
Enquanto meu corpo e coração ardente
Esperam por ti...
Beijos sonhados e beijos lembrados
Cantam a cantiga do amor presente
E eu estou aqui...
Fazemos parte de uma mesma história
De um amor que se cobre de mil glórias
Pois foi provado a muito ferro e fogo
Como nenhum outro foi provado assim!...
Talvez
Até nem acreditem nesta chama louca
Que ainda existe na minha e em tua boca
A vibrar assim...
- Mas nós somos feitos da mesma tessitura
E nosso amor, para nós ainda é ventura,
Quando outros já pararam de sonhar...
Libélulas bailam docemente...
O jardim ainda está com o mesmo viço
E o cálice aguarda tua boca...
Tua voz... Serena, me enternece
E basta ouvi-la, para que meu corpo todo
Como flor, que lânguida enrubesce,
Abra suas pétalas para te receber...
Libélulas coram e ficam invejosas
E se perguntam:
- Por que nós não temos
Um amor assim?...
E bailam levemente, em suaves movimentos,
Voando para longe em seus pensamentos,
Tristes, sabendo que seu amor terá um fim...
O nosso cresceu forte e se tornou eterno
Porque muita lágrima aqui se derramou
Sem deixar de esperar... E confiar...
O amor sofrido tornou-se qual diamante,
Lapidada pedra, a mais dura e mais brilhante
Que se conhece aqui...
Vão-se as libélulas... Mas nosso amor fica
Cada vez mais forte; e nos purifica
Na santidade de sermos eternos amantes:
Amantes porque amamos, muito e apaixonados!...
Porque não há pecado neste Amor que é abençoado!...
E no Céu e em nosso coração
Com muita ternura Deus nos abençoa...
E sorri...