PERTENCER SEM LIMITES
Ao buscar o abrigo dos meus braços,
Neles encontraste um grande amor,
Ao entregar a alma aos meus cuidados,
Mostraste o quanto nela havia de belo,
Deixando que eu secasse as tuas lágrimas,
Fizeste do teu corpo o sublime caminho
Que minhas mãos percorrem com ardor.
Vendo-me como um anjo que te acompanha
E dá proteção a todos os teus passos,
Reconheces o amor que eu te dedico,
Cuidando a que sejas feliz ao meu lado,
Expressando na minha humilde poesia
Os preciosos momentos que juntos vivemos.
Abrindo a alma, a que eu nela adentrasse,
Tu permitiste que o meu amor te conduzisse
Pelos atalhos deste mundo, em segurança,
Para que pudéssemos tornar-nos companheiros,
Ao longo de uma jornada de sonhos e incertezas,
À qual a nossa poesia empresta encanto e magia.
Quando me confiaste o teu corpo, em puro amor,
Deixando que dele eu descobrisse cada detalhe,
Fizeste com que a união de nossos corpos selasse
O que, há muito, nossas almas haviam estabelecido.
Ao corresponder à paixão que de mim brotava,
Construíste o jardim dos prazeres, a florir
Continuamente, a salvo dos percalços da sorte.
Ao doar-me todo o teu amor e receber o meu,
Na troca de carinhos que nos eleva ao paraíso,
Criaste a mais perfeita fonte de um real prazer,
Que comigo compartilhas, na fusão de corpos e almas,
Levando-nos ao conhecimento de um pertencer sem limites.
De um mundo todo nosso, fizeste comigo o ninho de amor
Que nos trouxe a sensação indescritível de plenitude,
Fazendo com que sejamos, um ao outro, o apoio eterno,
Para que, afinal, eu pudesse conhecer a própria felicidade,
Que, de maneira simples e pura, colocaste em minhas mãos.