AMORES DO PORTO
Ao longe um navio
Corta as águas do
Mar em proa aberta.
A espuma branca pregada
No casco parece a
Cerveja quente do cais
Nas canecas sujas dos
Marujos enjoados.
O vento nos mastros
Canta uma canção triste
Que relembra trovadores
Apaixonados naufragando
Em tempestades de paixões.
A lanterna da popa
É uma faísca na
Imensidão noturna
Do mar,
Tão imenso e tão solitário
Que parece os amores
Que se perderam no porto.