AMORES DO PORTO

Ao longe um navio

Corta as águas do

Mar em proa aberta.

A espuma branca pregada

No casco parece a

Cerveja quente do cais

Nas canecas sujas dos

Marujos enjoados.

O vento nos mastros

Canta uma canção triste

Que relembra trovadores

Apaixonados naufragando

Em tempestades de paixões.

A lanterna da popa

É uma faísca na

Imensidão noturna

Do mar,

Tão imenso e tão solitário

Que parece os amores

Que se perderam no porto.

Ricardo Mascarenhas
Enviado por Ricardo Mascarenhas em 13/11/2009
Código do texto: T1922322
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