O mundo que anda estranho
Anda o mundo muito estranho
Que vejo que nada há mais com sentido
Se me ocorres sentimento, e trepido...
...é por temer... venha a morte com ganho
Se amor assim, fácil houvesse
Para arrebatar os sentimentos que sentisse...
Mas de morrer de amor se entristece?
Ou morre quem do amor teme peraltice?
Que anda bem o mundo não me digas
Pois já agora não noto sorrisos
Que os olhos ‘inda brilham, não me mintas
com mentiras, que pressinto o rijo!
Mas olha-me, que te digo agora, oh mundo
Que loucura te passas? Que pesar?
Que ainda que enxergue tuas cores, contudo...
... não mais vejo ninguém a amar!