Nave sem rumo
Dorival C. FERNANDES
Te busquei entre as brumas do tempo
Levado pelo vento, velejando eu te busquei.
Singrei os mares nas rotas da dúvida
Mesmo sem tua ajuda, ansiosamente procurei.
Qual nave sem rumo, sem horizonte
Nenhuma ponte me levou ao teu encontro.
No entanto eu te procurei no mar da vida
Na nave perdida da ilusão... e foi só decepção.
Quantos castelos ergui, ninhos de amor
Naquele fervor de esperança que nunca cessa.
Quantas noites de enlevo, na memória perdura
Eu ouvia tuas juras... foram só promessas.
Ainda navego por mares desconhecidos,
Pouco parecidos com os que, contigo sonhei.
Ao balanço das ondas de ventos felizes
Cometi o deslize de acreditar no teu amor.
O tempo passou e este amor se dissipou
E apenas restou a saudade que comigo ficou.
Dorival C. FERNANDES
No Leblon, Pontal do Paraná em 02.12.2007
..." sempre viajar em busca do que se quer... do que se deseja"...