O ANJO

(versão nova)

O anjo é um homem separado do caos

pela lâmina do sonho.

Foi como usina celeste que o

inferno funcionou ilumifundindo a

massa espiritual que envolve aos

homens feito neblina do cemitério das ciências ocultas

A carne! o sentir é irrecuperável.

Um anjo com juba de leão surge do sexo dos incautos. Lembrar!

Fazer do ar plataforma. Lembrar!

cravejar a floresta fundamental

sobre o túmulo carmático do passado.

Dentro dos meus sonhos existem cidades irriquietas

e bombas suspendendo o mar contra as estrelas.

Cavalos com asas de morcego atravessam o infinito inoxidável,

cujas nuvens são espiões atrás da capa.

Saturno é um cemitério de bruxas-barrocas.

A sombra do anjo me persegue.

Meu esqueleto bate asas de condor

sobre edifícios carcomidos entre a imponência da chaminés

da histeria química, sireniando a bagunça

Gatos infernais atravessam paredes

das petroindústrias privocinicas.

Mas é da terra vítrea dos teus anseios

que surge a criança leitosa de tranças douradas

costurando as raízes da floresta

para que o anjo plante cores nas águas correntes

e o urubu leve embora a serpente