APARÊNCIAS

Às vezes o remédio é tão forte que adoece;

O pecado redunda em prece, o tudo morre com nada;

Às vezes a paz exige espada, a elevação um dia desce;

O que deslumbra fenece e até padece o que não se abalava!

Às vezes o fim é o mais corajoso recomeço;

O melhor lado é justamente o avesso, a glória habita no anonimato;

O maior valor é exatamente o barato, o impagável tem seu preço;

Às vezes o desprezo é apreço, o mito é fato!

Às vezes o valor do milhar é a cor mais solitária;

E ninguém na plenária é gente demais para aplaudir.

O abraço é uma forma de fugir, a prioridade é secundária;

Às vezes o deserto é uma praia e chegar é partir!

Às vezes a miséria da sobra é a fortuna da nata;

E o ouro não passa de bronze fingindo ser prata, a paz é terror;

Às vezes a indiferença é o melhor favor, o beijo é tapa;

Às vezes a face não passa de capa e o ódio no fundo é amor!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 13/11/2009
Código do texto: T1921121
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