Não voltes... O tempo é passado A esperança fez-se pedra E revestiu a estrada Por onde a solidão desfila Senhora e soberana Da minha alma
Não voltes... A angústia da espera Foi longa demais O sonho de amar-te Transformou-se em prisão, Onde minha mente Mantém-se enclausurada
Não voltes... A ausência de teu corpo Fez do desejo ardente Indiferença e anteparo O anseio desfez-se em cinzas Levadas pelo vento Do indistinto e do desinteresse
Não voltes... Pois se voltares Breve e certamente De novo partirás E não é dado a um coração Morrer duas vezes numa Mesma existência