dá-me tua piedade!
Dá-me por recompensa tua piedade
Meu coração que sempre foi devoto ao teu
Agora, por favor, não o queiras ferir
Só porque o teu amor se perdeu!
Quando, às noites, rezo por tua felicidade
E me pergunto se é igual teu pensamento
E vêm vozes que me falam tristemente
Vozes fúnebres da lembrança do esquecimento!
E então, choro de tanta dor
Não, não é que sejas minha vida
Mas fazes parte daquilo que não se pode definir
Talvez seja o amor... estarei eu iludida?
E quando amanhece, sonho contigo
Mas tão estranhos se fazem os sonhos
Que por sonhá-los me entristeço
Na dúvida de entender, cometer enganos!
E vem o sol, e espero por ti
E observo com lágrimas invisíveis tua ausência
Porque, se anjo, não estás aqui...
...tudo é sem luz, sem cor, sem essência!
Dá-me por recompensa tua piedade
Não machuques mais o coração que foi teu
Não pise, não parta, não faça o sangrar
Somente porque você o devolveu!