AMOR MEMORIZADO
Vejo o que nem mesmo olho na densa condição de platéia sufragada;
Porque na eleição de minha amada pertenço a ela vitalício;
Grave ferido do suplício, bêbado pelo vício de sua graça;
Que eu vejo pelos campos e praças, que eu confesso a cada indício!
Sinto fragrâncias do pós-chuva e qual luva me alento ao cheiro dela;
Lenitivo trazido por escorregadela daquele tempo em mim estacionado;
Porque meu corpo está completamente tatuado pelo fogo que congela;
É ela, nascendo todos os dias em meu sonho pranteado!
Cada segundo do que foi eterno e cada capítulo dessa odisséia;
Cria uma idéia pautada no pleno sentido do realismo;
E vejo brilhar teu sorriso, que a cada dia traz a emoção de uma estréia;
Por isso me sinto platéia - és amor que não passa, sou saudade e te memorizo!
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