Noites de Amor

=NOITE DE AMOR=

Noite escura e vazia,

Cabisbaixa a lua se recolheu.

Sem amor as estrelas se foram

O negrume da solidão foi o que restou.

Uma descuidada lágrima

Pelo meu rosto despencou.

Meu coração eu procurava.

Lá no cantinho, quietinho, não mais pulsava,

Trêmulo, endurecido de medo,

Sozinho sangrava.

Fui à morada das estrelas

Desnudas de brilhos,

Transformam-se em fadas

Dando-me várias sementes do amor.

Que ao mundo encantava.

A lua, companheira,

Que a constelação visitava,

Presenteou-me com os seus melhores versos

Que aos enamorados ela recitava.

O perfume... Eu ganhei das flores

Que enfeitavam aquele jardim

Essências de rosas, cravos, lírios, violetas,

E também jasmins.

O sol a espreita atrás do mundo

Compadecendo-se do coração que sangrava

Oferece-me uma caixa de brilhos

Aquecendo a madrugada.

Fui ao alto da colina

Num lugar que era só seu

Joguei ao vento as sementes do amor,

Os versos do luar eu recitei.

A essência de todas as flores

Atirei toda por ali.

Lancei o brilho do sol

Ao clarear foi que eu a vi.

Tomei-a em meus braços

Na colina, entre flores, dançamos valsa.

Vieram à lua e as estrelas em prata.

E a noite se fez de amor.

Tonho Tavares

Poesia já publicada no recantodasletras.

ANTÔNIO TAVARES
Enviado por ANTÔNIO TAVARES em 11/11/2009
Código do texto: T1917274