Quando Meus Olhos Viram Os Teus!
Os meus olhos viram os teus.
Enfim o amor brotou em mim.
Fez tum-tum o meu coração.
Vi que ali tinha mão de Deus.
Despertou o meu antigo sorrir.
Algo novo adentrou o meu ser.
Findava-se outra noite de verão
Quando o universo, em ti, eu vi.
Cada órbita era uma constelação;
O céu da boca coberto de estrelas;
Cometas e planetas pela cabeleira;
Galáxias inteiras tinha em tuas mãos.
Perdi-me no universo dos teus cabelos;
Nas estratosferas das tuas tantas luas;
No cosmo denso de tantos novelos
Que caíam sobre as omoplatas nuas...
Perdi-me nos anéis mágicos da cintura;
Vadiei pelos vales das tuas entranhas...
Nas florestas das penugens escuras...
Galguei, manso, tuas duas montanhas...
Amei-te antes do universo do teu olhar.
Erigi-te altares com minhas lágrimas.
Afago-te com minhas mãos pálidas,
Deusa do sorriso de marfim e aljôfar.
Os meus olhos viram os teus.
Enfim o amor brotou em mim.
Fez tum-tum meu coração.
Vi que tinha a mão de Deus...
Que era um amor sem fim.
Beijos! Te amo!