Vozes, são vozes…
Que me empurram
E me levam
Para os braços da Imensidão
São vozes
A fazer-me
Amar as Estrelas
E que justificam
Esta estranha atracção
Pelo que me é distante
E inacessível
Pois os meus maiores amores
E paixões
São sempre impossíveis
Talvez
Porque
Pela vontade de alcançar
O que me é negado
Cresça como ser
Embora verta
Demasiadas lágrimas
Por não te ter a meu lado
Mas sempre vivi
Nesta dualidade
Nessa linha invisível
Que separa o sonho
Da realidade
Sempre cresci
À sombra
De uma árvore
A cujos ramos
Não posso chegar
Mas é o sonho
Da visão
Que terei
No cimo dela
Que me faz
Ontem
Amanhã
E depois de amanhã
Continuar…
Vozes, são vozes…