Efêmero...

Nas manhãs surgem estrelas

E na noite vendavais...

Procuro segurar a água

Mas ela escorre por minhas mãos,

- A água do Amor que tudo purifica...

Tento segurar o vento,

Mas ele é tão vago,

Aparece e desaparece,

E ri...

Então eu sinto o efêmero

A ilusão

A projeção dos sonhos

Que nos possibilita ver

O invisível

Que se prende na retina

E fica ali...

E vemos como queremos ver

Possivelmente

Não como somos vistos...

Efêmero, passageiro, ilusório

É o Hoje que não temos

E pensamos em vão, ter...

Tudo é uma grande incógnita

Do vir a ser...

Penso... E não existo

Pois não pude o meu amor reter...

Sou efêmera...

Flor passageira no jardim da vida...

Há vida?... Ou há só a esperança

De um dia viver?

Ou, quem sabe,

Ou, nem isso...

Tornei-me Saudade...

O passado presente me dá a ilusão

De que estou ainda aqui...

Mas quero estar aqui

No efêmero não ser?...

- Eu só queria viver

E recuperar um pouco

De tudo o que eu perdi...

E então adormecer...

Nem mais escrever...

Ir...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 11/11/2009
Código do texto: T1917230
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