O QUE HOUVE ENTRE NÓS

Deu-se o beijo panorâmico dos hemisférios, o artifício mais plangente do sorrir

Essências metafóricas no interagir do peito concreto como plaga

Rasgado pela bem intencionada adaga, formando hemorragias de paixão a esvair

Guiando o instinto onde a razão não haveria de ir, eternizando a sua saga!

Deu-se hidratação epitelial por conta desses rocios aternurados

Sonhos ressurretos envenenados, fios de juras pelos pavios dos anseios

Fins inocentando os meios, apelos sem rodeios dos cumes aos estrados

Dois corpos pela cópula torturados, sagrados quando profanados por desejos!

Houve a criação do hematoma interior, imperador dos indeléveis

A fertilização das crises estéreis, a fecundação no âmago da indissolubilidade

A magia de hormonal saciedade entre ambos os fogos férteis

A explosão de ósculos projéteis, vencendo essa guerra por toda eternidade!

Houve o triunfo de um farto elenco habitando em dois amantes

Almas perfuradas por seus diamantes, porém caladas sob as rochas

O suposto, talvez imposto, silenciar das tochas – trevas atenuantes

Ardendo na luz das lembranças torturantes, negando suas fraturas expostas!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 11/11/2009
Reeditado em 16/04/2013
Código do texto: T1917097
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