Mulher misteriosa
Mulher misteriosa
Acima das boates da noite o ar é abafado
e ainda selvagem!!!
O sopro da deterioração da primavera com
seus homens gritando bêbados num duro
açoite.
Acima dos corredores empoeirados tem
amantes.
Tem tédio das casas de verão na minha pele
e na sua.
E de manhã o sinal do padeiro, o ouro mal
brilha distante.
E os anéis com choro de uma criança na
rua.
A cada noite além dos portões tem outra
passagem.
Cada um com os seus chapéus derrubados e
de alegre aparência dessa louca viagem.
Sem o juízo cometido, passeio com as senhoras
entre as valas da orgia da malandragem.
No lago, portões com rangidos fúnebres.
E uma mulher começa a gritar: mentiras e
verdades.
Enquanto no céu, habituado a tudo isso vem
o disco lunar que voa em luzes sensuais e
brilhantes.
E cada noite meu amigo solitário se reflete
no meu copo misturando-se com mar.
Feito manso e cambaleando, como eu,
pelo líquido misterioso e inebriante no
breu.
O salão é um local sonolento que sobe ao
lado das tabelas adjacentes.
Enquanto bêbados com olhos de coelhos
começam a gritar " viva a vida bandida".
E se sentindo talvez um pouco mais gente.
E cada noite numa determinada hora
ela ou eu está apenas sonhando?
Eu via a figura de uma jovem, vestida de seda,
que se mexia através da janela de neblina.
E eu me amando, e lentamente passando
entre os bêbados, ela sempre sozinha e
sem escolta.
Flutuando na ventania perfumada na noite de
neblina.
Ela pega uma mesa perto da janela e me diz
ser minha menina.
E um ar de antiga lenda de grinaldas e sedas
reluzentes e o chapéu com plumas de seu
funeral, em sua mão esguia anéis de uma
doce prenda.
E encantado com esta proximidade estranha.
Eu olho através de seu véu escuro e vejo
uma pele tenra e encantada com o horizonte
enlevado.
Há um doce prazer de esta a seu lado.
Profundos segredos são confiados a mim, é
alguém que estará em meus cuidados.
Em cada volta do vinho inebriante perfura
a minha alma.
São seres mal amados e inclinando-se de plumas
de avestruz.
Esta a vacilar em meu cérebro, insondável com
olhos azuis cintilantes na costa distante.
No amor que deveras frui e um tesouro está na
minha alma.
E a chave pertence a um solitário!
Estou certo você virá bêbada!
Eu sei o que é isso: o vinho traz a verdade,
ao rico e ao operário.
O rio se espalha, Flui triste preguiçoso
e lava os bancos.
Acima da argila no meu corpo nu no penhasco
amarelo.
Morto a definhar na madeira, ó meu Deus!
Minha esposa! Nosso longo caminho é dolorosamente
claro!
A verdade já não é verdadeira.
Nosso caminho foi perfurado nosso peito com
uma flecha, alvejando o antigo testamento.
Nosso caminho conduz, através da cruz, através
da saudade sem fim, de um louco casamento.
Através de meu anseio, ó Deus!
E eu sem medo da escuridão da noite, para além
da fronteira.
Deixe a noite chegar, vamos acelerar a nossa
meta e acender a madeira com fogueiras.
Na fumaça vejo um pano santo que irá brilhar
junto com o brilho do mais puro aço...
E a batalha é eterna! Só podemos sonhar com a
paz através do sangue e de poeira ... e da
força do meu braço.
Tem corcéis de madeira voando sobre mim e
pisoteando na grama molhada...
É vertigem ou esta mesmo pelada.
E não há fim! As milhas distantes e nas encostas
um clarão...
Parar? Não!!!
A abordagem surreal fica assustada e sangrando
o sol ela vai!!! De uma morte recém velada.
O sol sangrando com fluxos de sangue no coração!!!
chora coração, chora.
Não há paz! Os corcéis de madeira as moscas a galope!
É duro a pena, e que pena de que tem pena
de mim e tu não será como eu.
O NOVO POETA. (W.Marques).