DONA DE MEU TEMPO
ah memória do coração!
amarelada pelo tempo
adormecida pela vida
mas eminente na lembrança
a queimar lenha já velha
como se arvore fosse
pois esta dormente
sensações esvanecidas
mas ainda ardidas
quando a água do pensamento
bule em suas linhas
é manso o amor agora
tanto que mal se sente
ele apenas se acomodou
no peito de um sonhador ancião
a de chagar na derradeira
quando o brilho se apagar
A brisa lívida da existência
extinguir em derradeiro sopro
que este dileto sentimento
ira comigo descansar
embalando meu eterno sono
"Esta é uma homenagem a minha eterna companheira de coração, a quem amo, amei e amarei eternamente".