A Fonte
A Fonte
Amor eu que venho em tua espada
Acordar com ternura o teu sonho em corrente
Descer em tuas casas, mais que os risos
Abrasar o conforto que em tu não moras
Acender o valor de um beijo em fogo
Apagar o comum receio que em vão espetáculo arde
Disparar a verdade que vaga em meu coração pobre
Por estradas ermas e vistosas
O quem vem do seu mundo de incertezas
Não aflora o dia que inspira um novo cais
As frestas, os indícios, as avenidas
Os ímpios prosperam o teu resgate
Nada além de um dia ao teu alcance
Frases doces e sem lar
Fazes tudo o que te vai em mente
Aborrece o meu cortejo estatuado
Medíocre fonte de desejo intruso
Serpente ávida de lampejo e dor
Fruto infértil de uma emboscada vil
Sem sementes de um futuro amor
Apenas sede em meu peito.