A Fonte

A Fonte

Amor eu que venho em tua espada

Acordar com ternura o teu sonho em corrente

Descer em tuas casas, mais que os risos

Abrasar o conforto que em tu não moras

Acender o valor de um beijo em fogo

Apagar o comum receio que em vão espetáculo arde

Disparar a verdade que vaga em meu coração pobre

Por estradas ermas e vistosas

O quem vem do seu mundo de incertezas

Não aflora o dia que inspira um novo cais

As frestas, os indícios, as avenidas

Os ímpios prosperam o teu resgate

Nada além de um dia ao teu alcance

Frases doces e sem lar

Fazes tudo o que te vai em mente

Aborrece o meu cortejo estatuado

Medíocre fonte de desejo intruso

Serpente ávida de lampejo e dor

Fruto infértil de uma emboscada vil

Sem sementes de um futuro amor

Apenas sede em meu peito.

Rafael Santiago
Enviado por Rafael Santiago em 10/11/2009
Código do texto: T1916475