AOS POUCOS
Eu penso, sinto, sofro
Na pele, no peito, no sopro
E os sonhos mais loucos
São para poucos
Eu penso, sinto, amo
Agora, sempre, te chamo
Nos meus sonhos mais loucos
Que se desfazem aos poucos
Eu penso, sinto, choro
Na pele, no peito, nos poros
Vejo o vazio aos poucos
Em meus sonhos mais loucos
Eu penso, sinto, não vejo
Não há mais nenhum desejo
Sinto que cometi todos os erros
E que meus sonhos são pesadelos
Eu penso, sinto, corro
Te chamo, choro e morro
Quando percebo que não está aqui
Que nunca esteve aqui
Eu penso, sinto aos poucos
Como se sentem os loucos
Perdidos nos mundos que criam
E nas lembranças que cultivam