AOS POUCOS

Eu penso, sinto, sofro

Na pele, no peito, no sopro

E os sonhos mais loucos

São para poucos

Eu penso, sinto, amo

Agora, sempre, te chamo

Nos meus sonhos mais loucos

Que se desfazem aos poucos

Eu penso, sinto, choro

Na pele, no peito, nos poros

Vejo o vazio aos poucos

Em meus sonhos mais loucos

Eu penso, sinto, não vejo

Não há mais nenhum desejo

Sinto que cometi todos os erros

E que meus sonhos são pesadelos

Eu penso, sinto, corro

Te chamo, choro e morro

Quando percebo que não está aqui

Que nunca esteve aqui

Eu penso, sinto aos poucos

Como se sentem os loucos

Perdidos nos mundos que criam

E nas lembranças que cultivam

Luiz Noscente
Enviado por Luiz Noscente em 10/11/2009
Código do texto: T1915193
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