Ao meu melhor amigo

a Rodrigo Resena

Não fale uma palavra

não é preciso dizer com excessos

pois teus próprios olhos me falam d'algo

da imensidão do céu ao infinito mar

com aguçadas e bravias marés,

com cintilantes e jocosos jasmins.

E inebriada estou a tanto

que me pergunto o quanto...

De tantos amores padeci por ti

e de êxtases ressurgi então

Para te dizer com beijos

tudo que não precisa ser dito...

O que já foi devorado,

fundamentado e exilado em meu ser,

Quanto teus olhos me laçam

Quando tua alma me toma

mais e mais uma vez em teus braços.

Neles me debruço,

me enredo e ,às vezes em soluços, esqueço

do pavor que é amar sem extremos

da angústia que é a certeza de findar-nos tão cedo,

tão antes do esperado...

mil anos, que sejam contados...

Queria viver eternamente do teu amor

e por ele renascer todas as manhãs

como nesta e n'outras...

Pois meu bem é maior que a vida

e mais desejado do que há além dela...

Anna Beatriz Figueiredo
Enviado por Anna Beatriz Figueiredo em 10/11/2009
Código do texto: T1914885
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