Júlia
Quando ela passa
Sinto aquele gelinho nada frio
Meio sutil, muito devassa
Arranca de mim o perverso
Ah... Diverso vil!
Me dá a resposta:
Dê-me é o certo?
Se te pedir direitinho
Tu chegaria junto sem ninguém por perto?
Demorei tanto pra conseguir
Mas já está chegando a hora
O fora sei que é certo
Mas nem sei se choro
Porque vais embora...
Partiu, oh desolação
Resta a mazela do lar
Frio, soturno, rotineiro
Aquele mistério do dia inteiro
O desejo de meu coração
Ser atingido pelo teu olhar.
Nada mais restou
Teu amor será que secou?
Tenho medo, pressinto
De esquecer que tive
E sempre estive
Por você um requinto.
Ao te ouvir
Sinfonia de Amadeu
Ao te ver
Precioso camafeu
Cameo, Amadeus
Tantos nomes pra te venerar
Até o fim da madrugada...
Meu amor
Nunca chuva de verão
Meu ardor
É a esperança de uma nova reunião...