DÓI, MEU AMOR DÓI
A ti, a mais sublime entre as sublimes
DÓI, MEU AMOR DÓI
Ofereci-te um dias as estrelas
Ou tudo o que tu quisesses
Pediste-me apenas para de ti
Deixar de gostar
E eu com a promessa nas mãos
A abanar
Assim o fiz
Para te tentar honrar
Dói, meu Amor dói
Porque contigo
Pensei finalmente parar
E finalmente
Poder descansar
Da caminhada há muito iniciada
E que eu, agonizante
Queria ver terminada
A teu lado
Dói, meu amor dói
Porque mil mundos
Infinitos universos
A teu lado queria construir
Mas pediste-me um “não”
E esses sonhos sem tamanho vi ruir…
Dói, meu amor dói
E os anjos se levantaram
E até mesmo Deus
Neste dia triste
Em que para sempre
Descobri que os teus sonhos
Nunca serão os meus
As palavras morrem
Nessas mesmas mãos da promessa
O sorriso evaporou-se
E as trevas sorriram
E eu fiquei só
A encenar a trágico-comédia
Da minha própria peça
Dói, meu amor dói
Pediste-me
Para outra pessoa procurar
Mas que irei encontrar nela
Senão
O teu próprio olhar
O bater do teu coração
O verbo que jurei
Só contigo usar?
Parto para esse limbo
Onde só te quero achar
Mesmo não sabendo se o consigo
Procurarei noutra
O teu abrigo
Os lábios derramam lágrimas
E os olhos uma infinitamente triste poesia
Pois eras
E serás a tal
Que merecia a minha nova alegria
Morro por dentro
Mas por amor
Tentarei enganar o coração
A vida é um labirinto
Onde te amei
E amarei de certa forma
Ludibriando tudo o que sinto
Indo não ao encontro das estrelas
Mas dum buraco negro
Mas por ti irei a todo o lado
Mesmo que seja a esse inferno
Dói, meu amor dói…