Luxúria

Quando sinto o ardor quero a cor do desejo, emoção, paixão.

O alívio de viver, de fazer vida à mão.

De passar o pincel, brotar a arte na pele e olhar a beleza vera.

Sou fascínio, volúpia e luxúria.

Percorrer de mãos em curvas, corpos e caminhos.

Faço o cheiro, o jeito, sou a irreverência.

Começo o pôr-do-sol, sou o brilho e a quentura do anoitecer.

Sou carne, pecado, indecência, a queda de Davi.

O lábio, a língua, a mão, o grito, o tremor, o romper da aquiescência.

o lar do amor, a ponta de dor.

Lú dos Santos
Enviado por Lú dos Santos em 09/11/2009
Reeditado em 09/11/2009
Código do texto: T1913604
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