Luxúria
Quando sinto o ardor quero a cor do desejo, emoção, paixão.
O alívio de viver, de fazer vida à mão.
De passar o pincel, brotar a arte na pele e olhar a beleza vera.
Sou fascínio, volúpia e luxúria.
Percorrer de mãos em curvas, corpos e caminhos.
Faço o cheiro, o jeito, sou a irreverência.
Começo o pôr-do-sol, sou o brilho e a quentura do anoitecer.
Sou carne, pecado, indecência, a queda de Davi.
O lábio, a língua, a mão, o grito, o tremor, o romper da aquiescência.
o lar do amor, a ponta de dor.