Memórias Póstumas
Memórias póstumas
De um amor bandido.
Que arrefeceu a alma,
Perdeu o brilho e morreu.
Antes, driblou distâncias,
Para não dizer adeus.
E em última instância
Rogou a Deus!...
Por essa paixão
Desenhou e sonhou...
E com uma só demão,
Até um quadro pintou.
Sem ser construtor,
Um castelo de areia,
Na vazante ergueu.
Morada que o mar levou.
Maré cheia...
Maré vazia...
Tudo que viveu,
Não valeu o que sofreu.
E jurava dizendo que ainda ia,
Esse amor ressuscitar.
Grão por grão resgatar,
O castelo de areia...
Que lhe levou o mar.
Denise Figueiredo
“IN Segredos"
Ciranda Poética em Rascunhos & Sentimentos.