Ciclo... Sublime

No vai e vem das ondas,

A saudade vem e fica,

para na posse do tempo

acorda meu pensamento

revolto, vai e vem, na ida leva meus traços,

de volta porta nos braços,

angústia que ninguém tem.

Fala em ressaibos,

perdas floreadas na terra

da vida que se limita, encerra,

solidões que o segundo constrói.

O peito devassado grita,

na bandeira tremulante que agita,

enquanto adormeço,

facetas para outro começo

inovando a virtude de ser só,

só sem dar estímulos a fuga,

sem participar as limitações,

incoerente com as vontades,

irreverente com as tardes,

que assombrosamente circulam

pelo lento passeio das horas.

No vai e vem das ondas,

a vela branca se foi, perdeu-se,

como uma pequena gota,

pingo efêmero de orvalho,

que mergulhou no oceano,

nas águas azuis que coloriram,

matizaram seus olhos.