Lua

Ao amanhecer o mundo se expande

Ao anoitecer se estreita e em sonho

Neste teu olhar patético me deito.

Em oração me silencio, ouço na imensidão

O eco de tua voz, que de nós se esqueceu

Por um instante neste prélio atroz versus o errante.

Sem o teu brilho o que será de nós, pobres

Sofredores, amantes das flores, filhos

Das águas olhando para o infinito quais os girassóis.

E nesta paixão ardente, pela vida demente,

Loucura sem fim, se tu não vens clarear

O mundo, pergunto: oh lua, o que será de mim?

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 07/11/2009
Código do texto: T1909383
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