Frenesi
Ah... O frenesi do meu cigano!
Aquele sangue quente de rubra rosa,
Que late em meu peito forte e soberano,
Faz-me mais mulher... Mais gloriosa!
Enlouquece-me de prazer e emoção!
Na sua dança leva toda a minha vida...
Revoluciona o meu pobre coração...
Numa paixão ardente e desmedida.
Com seus beijos... Provoca um escarcéu,
Vai se apossando de todos os recantos...
Levando-me pela noite, tirando o véu...
Desnudando-me ante os seus encantos...
Ah... Esse frenesi, essa demente lucidez,
Que atordoa minha cabeça e festeja o amor,
Faz em cada aurora com sua franca nudez...
Desabrochar a mais ardente e cheirosa flor!
Ah... O frenesi sem fim desse doce homem...
É um vale perigoso... Sinuoso, contundente!
Minha alma e o meu corpo consome...
Numa volúpia avassaladora e permanente!
Ah... O frenesi que ele tão bem esconde...
Ninguém pode supor ou adivinhar...
É desejo vulcânico que em mim responde...
É bem maior do que o céu, do que o mar!
Mary Trujillo
26.10.2009
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