Avessos em Sentimentos
Há um prisma
Entre as palavras aqui grafadas
Emancipando-se em cada gole
Bebido em teus lábios,
Vinhedos germinados no ventre!
Ainda escuto o cancioneiro do aço,
Ao fechar os olhos e me entorpecer
Na cortina que se abre, trazendo a lágrima,
O aroma do instante, o lamento do vagar!
Ao dobrar dos sinos,
Vejo-me numa chuva de avessos instigantes,
Consolidando cada verde metáfora
Aqui traduzida em sentimentos bucólicos!
Já se vê os jacarandás em lilás,
O vento levando as pétalas
Como segredos, que se juntam ao coração,
Contrapassando uma história
De páginas reluzentes ao ardor do amor!
Auber Fioravante Júnior
05/11/2009
Porto Alegre - RS