Pecado…
Na convergência algo difusa
Entre os nossos pecados
E as nossas santidades
Não sei se conseguirei estar contigo
Mais um segundo
Se uma eternidade
Porque te Amo
De uma forma tão tocante
Pungente
Avassaladora
Carnal
Platónica
Ou demasiado real
Bebida inoqua
Que quando tomada em excesso
Acaba por fazer mal
Aos sentidos
Dos quais dependo para viver
Ao presente
Que visita o passado
E pode alterar o futuro
Duma prosa
Que se transforma em poesia algo vaga
E excessivamente eloquente
De que nada nos serve
Para redimir
Erros antigos
Que na actualidade
Teimamos em repetir
Como se quiséssemos acentuar
Que o sublinhado
Em
“Nós…”
É um pecado
Intimo
Pessoal
E não um sacrilégio religioso
Que no fim
De tudo isto
Vai fazer
Com que fiquemos Sós…