Um, dois... três!

Primeiro, o rosto; um campo em plena primavera, homogêneo, delicado, tenro e com uma única flor, o seu sorriso, se abrindo majestoso ladeado pelas escarpadas de suas bochechas. O cabelo, como as rajadas do vento.

E neste campo aprazível, em sonhos

me perco querendo, quase sem querer.

Em pensamentos de risos tristonhos

- Pesadelos medonhos! -

Um campo que a mim não é dado poder...

Segundo, seu jeito. Um bailar efusivo de astros – silencioso, airoso.

Como um balé apresentado por sobre as nuvens: ora surge um raio de sol, ora um pássaro passa voando. Um toque que talvez seja como uma cura.

Que presença doce, companhia adorável!

Mil anos: um dia estando ao seu lado.

Que grande ventura, sua presença afável

- É inegável ! -

Prazer igual ser então abraçado...

Por fim... sua boca! Por onde saem suas palavras - fica o poeta sem palavras... sem fôlego e temendo falar o que pensa.

Botão de rosa que não ouso tocar.

Quisera que fosse tudo diferente...

Por isso o que resta é somente sonhar,

É imaginar.

Um beijo! É este o desejo somente!