Adeus, Meu Falso Amor

A mim não importa sua educação;

Seus estúpidos bons-modos, não,

Eles não me enganam mais,

Por isso te deixo pra trás.

Sua métrica, toda sua exatidão

E aquela sua mania de altivez.

Seu jeito esdrúxulo de sujar a paixão,

Não, você não me enganará desta vez.

Seu assei oem deixar mais rubros seus lábios,

Seu jeito dissimulado de mostrar quão sábios

São os planos mesquinhos, que você chama 'ideais'.

Você pensa, acha que me engana, mas não mais.

Eu não ligo mais e não vou chorar por ti!

Eu não me importo! Não fico nem mais um minuto aqui!

A mim não importa se irei te magoar,

Não, desta vez não, de 'amor' não venha me chamar.

Não pense em o quão carinhoso eu fui, um dia,

Ou quão gentil eu costumava ser.

Não me iludo mais com tua falsa alegria,

Seus planos, segredo e manhas não quero mais saber.

Eu irei, não se preocupe; quem sairá sou eu!

Não quero nada pra me trazer lembranças.

Esta casa, teu perfume, nada do que for teu.

(Não quero nada que me dê falsas esperanças)

Não adianta me olhar desse jeito

Com os olhos lavados, mas de alma suja!

Não me importo com o aperto e angústia em teu peito.

Ouço minha alma e meu espírito que gritam: 'Fuja!'.

Não, não adianta! Não me perderei em tua beleza!

Não, amor, não quero me inebriar com teu perfume.

Não, não venha me abraçar, não quero você, tenha certeza.

Não, nada mais, nada mais acenderá o velho lume.

Afaste-se, não te quero assim, colada comigo.

Não quero me sujar com teu batom,

Não quero que você me chame nem de amigo!

Não quero me lembrar de quanto foi bom...

Já não há mais tempo, querida, preciso mesmo ir.

Eu disse que iria, não vou mudar de opinião.

A mim não importa, sorria o quanto quiser sorrir.

Eu não perco mais pra você o meu coração.

William G. Sampaio [24/10/09]