TRAZ-ME VENTO...
Ah vento,
Traz um poema solto do meu amado!
Um poema fresquinho, logo de manhã.
Um doce poema orvalhado, vermelho,
Da cor da romã.
Ah! vento,
Envolve esse poema
Em fragrâncias de madressilva
E embala-o em teus braços, laços
E em compasso.
Não sopres forte vento!
Sê suave como a brisa
Da floresta
Numa tarde estival,
Que por entre a leve fresta,
Traz-me um cheiro a Sal!
Ah, vento, vento norte!
Traz mudança à minha sorte
E leva-me deste sul agrilhoado.
Faz de mim
Uma gaivota, andorinha ou gavião,
Mas leva-me para perto dele...
Devolve-me o azul da vida!
Devolve-me o Coração!
23/10.02
Rute Gomes
Ah vento,
Traz um poema solto do meu amado!
Um poema fresquinho, logo de manhã.
Um doce poema orvalhado, vermelho,
Da cor da romã.
Ah! vento,
Envolve esse poema
Em fragrâncias de madressilva
E embala-o em teus braços, laços
E em compasso.
Não sopres forte vento!
Sê suave como a brisa
Da floresta
Numa tarde estival,
Que por entre a leve fresta,
Traz-me um cheiro a Sal!
Ah, vento, vento norte!
Traz mudança à minha sorte
E leva-me deste sul agrilhoado.
Faz de mim
Uma gaivota, andorinha ou gavião,
Mas leva-me para perto dele...
Devolve-me o azul da vida!
Devolve-me o Coração!
23/10.02
Rute Gomes