Ah esse amor...
E esse amor, com trem
nem parou na estação
ou como um navio, passou
e ninguem me acenou
neste porto solidão
E nesta minha reflexão
faço o inevitável balanço
neste caminho estreito
entre a emoção e a razão
Este que rasga meu peito
faz de mim seu cervo
e cegamente eu aceito
e nem o conheço direito
E como bumeranque vai
na certeza que voltará
levando a mim consigo
deixando-se aqui comigo