AMOR SEXUAL
Essa mulher é qualquer coisa de endoidecer, incendiária diva;
É qualidade quantitativa, um furacão feroz ativo;
Quando me ama mal me deixa vivo, exala feromônio em brasa viva;
Devastadora sacerdotisa de todos os dogmas da libido!
Ninfa de olhos fatais, dama do ego devasso;
Rastros de estrógeno a cada passo, lagos de fogo em sudorese;
Envenena com transe o vigor que lhe pese e torna-se pluma sob amasso;
Entorta as retas e quebra o compasso, corpo profano em constante quermesse!
Seu gingado odalisco obriga meus sonhos a terem complexo de asteróides;
Sou implodido por espermatozóides e me acho instigado a lhe farejar;
Seus lábios viciam o meu paladar ao me convidar no coito animal de dois humanóides;
Consciências factóides, perdidas num rio de mel bem maior que o mar!
Coquetel de delícias, frutas primícias de um farto e ditoso pomar;
Poupa do maracujá, servida em manjar desde a planta do pé;
Monalisa com astúcia de Salomé, avalanche febril no beijar;
Único porto que não consigo deixar de ancorar, único amor que eu chamo mulher!