AMOR SEXUAL

Essa mulher é qualquer coisa de endoidecer, incendiária diva;

É qualidade quantitativa, um furacão feroz ativo;

Quando me ama mal me deixa vivo, exala feromônio em brasa viva;

Devastadora sacerdotisa de todos os dogmas da libido!

Ninfa de olhos fatais, dama do ego devasso;

Rastros de estrógeno a cada passo, lagos de fogo em sudorese;

Envenena com transe o vigor que lhe pese e torna-se pluma sob amasso;

Entorta as retas e quebra o compasso, corpo profano em constante quermesse!

Seu gingado odalisco obriga meus sonhos a terem complexo de asteróides;

Sou implodido por espermatozóides e me acho instigado a lhe farejar;

Seus lábios viciam o meu paladar ao me convidar no coito animal de dois humanóides;

Consciências factóides, perdidas num rio de mel bem maior que o mar!

Coquetel de delícias, frutas primícias de um farto e ditoso pomar;

Poupa do maracujá, servida em manjar desde a planta do pé;

Monalisa com astúcia de Salomé, avalanche febril no beijar;

Único porto que não consigo deixar de ancorar, único amor que eu chamo mulher!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 03/11/2009
Código do texto: T1902850
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