E Eu Grito...:
À escuridão
Que não a temo
Mas que a respeito
Mas que jamais por ela
Estarei em reclusão
À dor
Que a interstícios sensitivos
Me quer consumir
Que é a alegria perene que me guia
Que me ilumina
E me mostra o caminho
Para onde eu devo ir…
Às palavras certas
Para que substituam as erradas
Para ser mais amado entre quem me lê
Vê ou sente
Para que seja uma realidade
Não apenas futura
Mas também presente
E não seja apenas
Um porto temporário de letras
No qual as pessoas
Estejam apenas de passagem
A Ti
Meu Amor
Num sussurro de infinita ternura
Numa voz calma
Pousada
Que quase custa a escutar
Pois eu digo-te ao ouvido
Estas coisas
Para que as possas recordar
Digo
Que te Amo
Que te quero
Nos meus tempos jubilosos
Que estão mesmo a surgir
Eu digo
Que o espaço que ocupas
É o Meu
Terra Sagrada
Onde quero até tudo se evanescer
Quero
E desejo
Secretamente
Ardentemente
Estar
E eu digo-te numa voz que mal se faz notar, mal se faz ouvir…