E Eu Grito...:

À escuridão

Que não a temo

Mas que a respeito

Mas que jamais por ela

Estarei em reclusão

À dor

Que a interstícios sensitivos

Me quer consumir

Que é a alegria perene que me guia

Que me ilumina

E me mostra o caminho

Para onde eu devo ir…

Às palavras certas

Para que substituam as erradas

Para ser mais amado entre quem me lê

Vê ou sente

Para que seja uma realidade

Não apenas futura

Mas também presente

E não seja apenas

Um porto temporário de letras

No qual as pessoas

Estejam apenas de passagem

A Ti

Meu Amor

Num sussurro de infinita ternura

Numa voz calma

Pousada

Que quase custa a escutar

Pois eu digo-te ao ouvido

Estas coisas

Para que as possas recordar

Digo

Que te Amo

Que te quero

Nos meus tempos jubilosos

Que estão mesmo a surgir

Eu digo

Que o espaço que ocupas

É o Meu

Terra Sagrada

Onde quero até tudo se evanescer

Quero

E desejo

Secretamente

Ardentemente

Estar

E eu digo-te numa voz que mal se faz notar, mal se faz ouvir…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 02/11/2009
Reeditado em 02/11/2009
Código do texto: T1900916
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