Um certo “quê” Existencial…
Olho as estrelas
Sinto-me como elas
Mas não as compreendo
Embora com elas
Um certo vazio existencial vá preenchendo
Vou lendo nos livros
No tempo
Os augúrios de tempos futuros
Tempos que virão
Sem compreender
Porque cada vez envelheço
Mas cada vez me sinto mais jovem
A planar eternamente
Sob as planícies da Imensidão
Olhos os teus olhos
Onde mora o amor
Mas não o consigo encontrar
Não sei se por padecer de uma cegueira branca
Que tudo me mostra
Mas me impossibilita
De em quase tudo tocar
Pergunto
Porque caminhos
Nós andamos
E se temos a consciência
De andarmos perdidos
Pedindo a ocasionais e fúteis Deuses
Abrigo
Pois o que queremos
O que eu quero
É uma verdade palpável
Ou a verdade possível
Sabendo que nunca a irei encontrar
Pois é nessa busca pelo sonho
Que me torno maior
Respiro mil sentidos
E exibo um sorriso
Porque sei
Ser feliz assim
Ignorante de muita coisa
Mas não do essencial
Pois é a dúvida que me move
Ela é acima de todas as coisas
Fundamental…
Interstícios da felicidade absoluta
Um certo “quê” Existencial…