Cor do íntimo

Marca e pele,

ferro e fogo.

Vermelho

sexo selvagem.

Esqueça o vinho sobre a mesa

e vem comigo.

Experimenta às avessas

o gosto de uma poesia passageira e visceral.

Canções.

Pulsação.

Música do sexo;

sangue cálido

vibra sem cessar dentro de nós.

E não há nada que rasgue mais a cor do íntimo,

somente o teu olhar de contrastes e matizes.

Olhos que revelam

a eterna perfeição de um anjo

tão louco quanto o impossível cupido.

A noite se acende nua,

atravessa o jardim do Éden e salta para o abismo,

enquanto os anjos se espreguiçam nas janelas.

Meus secretos dias de outubro

e o contra-senso me mantêm viva na força do vento e da lua cheia.

Esse vento que vai e vem

e desfila os teus cabelos ao pôr do sol.

feitas de sonhos e nada mais.

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 31/10/2009
Reeditado em 19/12/2010
Código do texto: T1898376
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