Cor do íntimo
Marca e pele,
ferro e fogo.
Vermelho
sexo selvagem.
Esqueça o vinho sobre a mesa
e vem comigo.
Experimenta às avessas
o gosto de uma poesia passageira e visceral.
Canções.
Pulsação.
Música do sexo;
sangue cálido
vibra sem cessar dentro de nós.
E não há nada que rasgue mais a cor do íntimo,
somente o teu olhar de contrastes e matizes.
Olhos que revelam
a eterna perfeição de um anjo
tão louco quanto o impossível cupido.
A noite se acende nua,
atravessa o jardim do Éden e salta para o abismo,
enquanto os anjos se espreguiçam nas janelas.
Meus secretos dias de outubro
e o contra-senso me mantêm viva na força do vento e da lua cheia.
Esse vento que vai e vem
e desfila os teus cabelos ao pôr do sol.
feitas de sonhos e nada mais.